terça-feira, 21 de setembro de 2010

O 1o dia como mãe

Como o parto terminou depois das 21h e por causa dos efeitos da anestesia, na quarta mesmo eu mal vi a Gabriela. Tirando o momento que a enfermeira a trouxe para que "mamasse". Sei que é importante que o bebê sugue o mais cedo possível para que o colostro desça e ela estava lindinha com a roupinha que eu tinha escolhido pro 1o dia, estava até de lacinho na cabeça, mas eu não conseguia me manter parada, eu tremia o corpo todo por causa da anestesia. Como eu poderia tentar amamentá-la? Mandei a enfermeira levá-la, sem condições.

No dia seguinte, antes das 7h outra enfermeira entra no quarto com a bonequinha. Como quem diz "Se vira que a filha é sua!" Ai sim eu pude realmente vê-la! Finalmente a segurei no colo, senti seu cheirinho e finalmente a coloquei para mamar. MINHA FILHA!

Muitas visitas, um diz que parece com a mãe, outro diz que parece com o pai e eu toda boba que ela é realmente linda e saudável, quem se importa com quem ela se parece.

No final do dia estávamos cansados, eu ainda me recuperando da cirurgia, afinal aquilo tudo tinha acontecido a menos de 1 dia. Ligamos pro berçário e pedimos para que fossem buscá-la para passar a noite com eles. Passam 15 minutos e eles nos ligam dizendo que ela não parava de chorar e como eles não tinham autorização para dar a fórmula para ela, ela não poderia ficar no berçário. Ela volta pro quarto e chora por horas porque eu ainda não tinha leite, só colostro. O máximo que eu conseguia fazer era acalmá-la por alguns minutos, mas logo depois ela voltava a berrar com fome. Ficamos desesperados! Ligamos pro berçário novamente e pedimos que eles dessem a fórmula a ela. Isso já era mais de 3h da madrugada. 1o dia de vida e minha bebê já estava usando mamadeira. Me senti uma incompetente, incapaz de alimentar minha própria filha.

Mesmo depois da mamadeira ela não se acalmou. Estava lutando com o sono, tadinha. Ficamos nos revezando tentando fazê-la dormir até quase amanhecer. Foi quando eu tive a idéia de colocá-la para mamar, o que sempre a acalmava, e ao invés de tentar colocá-la no bercinho, o que sempre a acordava, deixá-la ficar ali na cama ao meu lado. E foi assim, abraçadinhas que dormimos nossa 1a noite juntas. Quer dizer, noite não, algumas horas da manhã.




Gabi tem 6 dias.

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