sexta-feira, 8 de novembro de 2013

E as fraldas?

Então vamos lá, do início...

Aos 2 anos começam as histórias de desfralde. Algumas crianças respondem bem às primeiras tentativas e outras nem tanto. Gabi fez parte do segundo grupo. E nós, ouvindo todas as histórias de sucesso, achamos que deveríamos forçar a barra com ela. Óbvio que não deu certo. Cheguei até a conversar com a psicóloga da escola e ela me disse para ter calma que até os 3 anos e meio estava dentro do normal.

Regra número um do desfralde: não é você que decide que está na hora, é a criança! Não adianta querer apresentá-la às calcinhas e cuecas, se não está na hora dela, você vai acabar lavando MUITA roupa e limpando MUITO chão. E o pior, sem poder brigar com ela! Ouça as histórias das outras mães, mas não leve tudo ao pé da letra. O seu único trabalho neste primeiro momento é estimular a criança.

Compramos livrinhos sobre desfralde, um penico das princesas com descarga e calcinhas lindas e coloridas. Ela tinha tudo ali ao seu dispor e usuaria quando tivesse vontade. Sempre que ela quisesse fazer xixi ou cocô a gente oferecia o troninho. Às vezes ela até ia, mas raramente fazia alguma coisa.
Cometemos alguns erros até chegar ao formato certo. Achávamos que manter o penico na sala seria mais prático para ela. Não pode! Ela tem que saber que essas coisas se fazem no banheiro. Então colocamos tudo no banheiro: penico, livros e alguns brinquedos para ver se ela se animava. Então começou o segundo erro. Ela ficava ali sentada por muito tempo. Nós, achando que ela iria finalmente completar o processo, aguardávamos ansiosos. Mas, não pode! Eles devem ficar sentados por no máximo 5 minutos. Se não fez, veste a roupa e sai do banheiro.

Quando relaxamos ela começou a pedir para fazer xixi. Não é sempre assim, com tudo nesta vida? Só que ela não queria usar o penico, queria fazer dentro do box. A psicóloga disse que não tinha problema nenhum. Que o importante é que ela estava no banheiro e que a transição aconteceria normalmente. E, aconteceu mesmo! Nem lembro exatamente quando foi, mas um dia ela sentou no penico e fez. E depois do penico começou a usar o vasão também.

Se a criança já está na escola, é importantíssimo ter uma conversa com a tia para que as coisas aconteçam simultaneamente.No nosso caso, a ajuda da escola foi fundamental. Não só pelo papo com a psicóloga, mas o estímulo das tias fez com que ela usasse o vasinho da escola antes mesmo de usar o penico em casa. A primeira vez que ela usou o vasinho na escola eu estava com ela e foi bem emocionante! Os amiguinhos também são de grande estímulo! Ao ver os amigos sem fralda ela vai se animar para tentar também. A Gabi começou a usar o vasão na nossa casa quando uma amiguinha usou. Às vezes uma pessoa de fora consegue dar essa forcinha final com mais eficiência do que os próprios pais. Não fique triste se acontecer com você. Pense que o mais importante é o objetivo final: o desfralde!

Aqui em casa ainda não chegamos ao final! Ela fica bem sem fralda durante o dia, mas ainda usa para dormir. E também, ainda não se sente completamente segura para fazer o número 2. Então, quando bate a vontade, ela pede para que a gente coloque a fralda. Vamos deixá-la fazer as coisas no tempo dela.

Com o desfralde aparece aquele problema básico do xixi na rua. Fomos a um parquinho um dia desses que não tinha nenhum banheiro público. E aí? Oferecemos colocar uma fralda só para ela fazer e depois tiraríamos, mas ela não quis. Até acho que não foi uma boa sugestão, mas no desespero... Então, lá fomos nós caçar um banheiro para ela. Uma dica para casos assim, leve um penico na mala do carro. Precisando, você sabe onde encontrar um "banheiro" limpinho! Sua mochila vai ficar bem mais leve sem fraldas, mas não abra mão dos lenços umedecidos ainda. Eles continuam sendo mega úteis!! Calcinhas de personagem fazem o maior sucesso. Gabi vive mostrando as dela para as pessoas, toda orgulhosa. Mas, a dica mais valiosa de todas é uma coisa que você já deve estar careca de saber se já chegou a esta fase do jogo: paciência, paciência, paciência...

Minha mocinha


Gabi com 3 anos.

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